A cenografia da Ópera Sidéria, na produção de 1912, ficou sob a responsabilidade de GUILHERME LOBE, o “pintor scenographo” cujo nome era
anunciado ao pé da publicidade do jornal curitibano DIÁRIO DA TARDE de 02 de
maio de 1912, periódico de propriedade de Arthur Obino, com slogan “folha de
maior circulação no Paraná” (e acredito
nisso, pois a pesquisa realizada para esta postagem, na seção de documentação
paranaense da Biblioteca Pública do Paraná, periódicos, aparentemente confirma
a propaganda),
(Recorte da
terceira folha, do jornal Diário da Tarde de 02 de maio de 1912. Pesquisa
realizada na Seção de Documentação Paranaense, na Biblioteca Pública do Paraná)
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Na Wikipédia, é
possível encontrar disponível uma foto da estréia, ao fundo a última tela
cenográfica de autoria de Guilherme Lobe.
(Imagem
disponível na internet, ficheiro Wikipédia, http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Elenco_da_%C3%B3pera_Sid%C3%A9ria.jpg)
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Infelizmente, só encontrei esta foto, com imagem do cenário do terceiro ato. Faz sentido: lembro que também nas produções das quais participei, a maioria das fotos era tirada ao término do espetáculo, priorizando o cenário do último ato. Se considerar ainda a dificuldade em fotografar, na tecnologia do início do século XX...
Mas
a curiosidade é grande: os cenários foram comentados nos jornais da época, já
que o nacionalismo era então uma vanguarda artística. A matéria de primeira
página do jornal Diário da Tarde do dia 07 de maio de 1912, trazia ao final o
comentário sobre como tais cenários eram apreciados pelo público. Informa ainda
que o primeiro ato tinha “a paisagem dos
nossos campos, feita com uma suavidade de tintas encantadoras. À frente no
primeiro plano destaca um pinheiro solitário, que dá ao largo fundo uma
impressão agradável e indefinida das tardes quietas e serenas. O do 3º ato é
uma fantasia, em que as cores vivas contrastam com as tintas negras da paisagem
lúgubre”, encerrando com elogio à “bela
inspiração do Sr. Lobe”.
Mas
estas fotografias existiram. Isso o afirma “nosso” Diário da Tarde, em pequena
nota de sua publicação em 23 de maio de 1912, primeira página, divulgando a
repercussão continuada do grande sucesso sob o título “Echos da ‘Sidéria’”, E comenta que na vitrine da casa Vitrix encontravam-se expostas
esplêndidas fotografias de várias cenas da ópera Sidéria, com trabalho
fotográfico do próprio Guilherme Lobe.
Onde
estarão?
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