AUGUSTO STRESSER

AUGUSTO STRESSER

ÓPERA SIDÉRIA


A ópera SIDÉRIA fez estreia em 03 de maio de 1912, no Teatro Guayra (prédio antigo, hoje Biblioteca Pública do Paraná), na cidade de Curitiba/PR.

Obra de Augusto Stresser, foi originariamente escrita em 1909 em dois atos, em partitura para piano e vozes. Posteriormente, recebeu acréscimo de um terceiro ato e orquestração de Léo Kessler, adquirindo a forma final como foi apresentada a partir de 1912.

A ópera tem como pano de fundo a Revolução Federalista, que as cidades de Curitiba e Lapa haviam vivenciado poucos anos antes, com dramaticidade, no confronto conhecido como Cerco da Lapa. Por sua vez, o libreto conta a história de um amor romântico e trágico, no triângulo amoroso entre a jovem Sidéria, o idealista Alceu e o apaixonado Juvenal.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

GUILHERME LOBE, pintor e cenógrafo.



A cenografia da Ópera Sidéria, na produção de 1912, ficou sob a responsabilidade de GUILHERME LOBE, o “pintor scenographo” cujo nome era anunciado ao pé da publicidade do jornal curitibano DIÁRIO DA TARDE de 02 de maio de 1912, periódico de propriedade de Arthur Obino, com slogan “folha de maior circulação no Paraná” (e acredito nisso, pois a pesquisa realizada para esta postagem, na seção de documentação paranaense da Biblioteca Pública do Paraná, periódicos, aparentemente confirma a propaganda),



(Recorte da terceira folha, do jornal Diário da Tarde de 02 de maio de 1912. Pesquisa realizada na Seção de Documentação Paranaense, na Biblioteca Pública do Paraná)




Na Wikipédia, é possível encontrar disponível uma foto da estréia, ao fundo a última tela cenográfica de autoria de Guilherme Lobe. 




(Imagem disponível na internet, ficheiro Wikipédia, http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Elenco_da_%C3%B3pera_Sid%C3%A9ria.jpg)





Infelizmente, só encontrei esta foto, com imagem do cenário do terceiro ato. Faz sentido: lembro que também nas produções das quais participei, a maioria das fotos era tirada ao término do espetáculo, priorizando o cenário do último ato. Se considerar ainda a dificuldade em fotografar, na tecnologia do início do século XX...

Mas a curiosidade é grande: os cenários foram comentados nos jornais da época, já que o nacionalismo era então uma vanguarda artística. A matéria de primeira página do jornal Diário da Tarde do dia 07 de maio de 1912, trazia ao final o comentário sobre como tais cenários eram apreciados pelo público. Informa ainda que o primeiro ato tinha “a paisagem dos nossos campos, feita com uma suavidade de tintas encantadoras. À frente no primeiro plano destaca um pinheiro solitário, que dá ao largo fundo uma impressão agradável e indefinida das tardes quietas e serenas. O do 3º ato é uma fantasia, em que as cores vivas contrastam com as tintas negras da paisagem lúgubre”, encerrando com elogio à “bela inspiração do Sr. Lobe”.


 

(Recorte da primeira folha, do jornal Diário da Tarde de 07 de maio de 1912.  O comentário citado, neste recorte encontra-se na terceira coluna, antecedendo matéria intitulada “Águas Minerais de São Lourenço”. Pesquisa realizada na Seção de Documentação Paranaense, na Biblioteca Pública do Paraná)

 

Mas estas fotografias existiram. Isso o afirma “nosso” Diário da Tarde, em pequena nota de sua publicação em 23 de maio de 1912, primeira página, divulgando a repercussão continuada do grande sucesso sob o título “Echos da ‘Sidéria’”, E comenta que na vitrine da casa Vitrix encontravam-se expostas esplêndidas fotografias de várias cenas da ópera Sidéria, com trabalho fotográfico do próprio Guilherme Lobe.

Onde estarão?








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