"Sidéria" é uma ópera do gênero “tragédia”, em três atos.
Conta uma história de amor que se desenvolve sob o pano de fundo o conflito da Revolução Federalista, no episódio do Cerco da Lapa.Em 1909, AUGUSTO STRESSER compôs sua primeira versão da OPERA SIDÉRIA, em dois atos, para solistas, coro e piano.
- O original desta obra, escrito a bico de pena, está arquivado no MIS - Museu da Imagem e do Som de Curitiba. Este original é a base deste projeto: os concertos realizados em conjunto com a pesquisa deste blog, apresentará em forma de "ópera ilustrada" o que foi esta primeira concepção da obra.
Posteriormente, Augusto Stresser apresentou seus originais ao maestro Kesller, que entusiasmado se propôs a orquestrar o trabalho. Só então foi composto o TERCEIRO ATO, que só se conhece na versão orquestral.
A ópera foi apresentada em Curitiba/PR em 1912, nos palcos do (antigo) Teatro Guayra. Porém, apesar do retumbante sucesso, a ópera só seria reencenada na cidade em 1972, no grande auditório do Teatro Guaíra, na construção "nova" que permanece até hoje.
Conta a história, que:
I Ato
O primeiro ato desta
ópera transcorre na casa de Sidéria,
jovem ingênua e singela de 15 anos que mora com o pai, Paulo, em um vilarejo de camponeses.
jovem ingênua e singela de 15 anos que mora com o pai, Paulo, em um vilarejo de camponeses.
Sidéria apaixona-se por Alceu, um
jovem que é perseguido por seus ideais políticos e que em fuga, chega ao
vilarejo e é acolhido por Paulo.
Porém, Sidéria era desejada por
Juvenal, mas esse amor não é correspondido.
E é esta paixão o estopim da traição de Juvenal, que magoado atraiçoa a confiança de Paulo e Sidéria, delatando para as autoridades o paradeiro de Alceu.
E é esta paixão o estopim da traição de Juvenal, que magoado atraiçoa a confiança de Paulo e Sidéria, delatando para as autoridades o paradeiro de Alceu.
Neste ato é apresentado
canções de camponeses "na lida", canções que exaltam a primavera e
que festejam o aniversário de Sidéria. Em dueto, Sidéria e Juvenal, cantam o
nascer de um amor e em coro os camponeses manifestam sua tristeza pelo ato
traidor de Juvenal.
II Ato
O segundo ato
desenvolve-se na praça, próximo ao acampamento federalista, onde se passa toda a movimentação militar do vilarejo, e onde Alceu esta
preso.
Neste ato, uma
nova personagem entra em ação: Thylde, noiva de Alceu e que esta a procura do
amado.
Sidéria e Thylde tornam-se amigas e, num primeiro momento, a noiva não
desconfia da paixão de Sidéria por Alceu.
Na iminente execução de Alceu, Thylde
empenha-se em salvar o noivo, e assim o faz, mas reencontra um Alceu já totalmente
dominada pela paixão por Sidéria.
Doutro lado, Juvenal tenta reverter à indiferença de Sidéria
pelo seu amor.
Rejeitado na nova negativa, comete ato insano e mata Sidéria a punhaladas, para logo em seguida suicidar-se.
Rejeitado na nova negativa, comete ato insano e mata Sidéria a punhaladas, para logo em seguida suicidar-se.
As canções do segundo ato se
concentram no sofrimento da prisão e na tragédia de Sidéria, bem como no
desencanto do amor tanto de Thylde como de Juvenal.
Algumas canções representam o sarcasmo e zombaria por parte dos soldados com o preso e o vilarejo.
Algumas canções representam o sarcasmo e zombaria por parte dos soldados com o preso e o vilarejo.
III Ato
O terceiro e último ato
transcorre no túmulo de Sidéria.
Ali ocorre a aflição do pai e o desespero do amado Alceu que é confortado pela ex-noiva.
Ali ocorre a aflição do pai e o desespero do amado Alceu que é confortado pela ex-noiva.
Alceu tem acessos de alucinação
quando a jovem morta aparece para ele, em sonho, na forma de sombra e cercada
de anjos. Sidéria, no sonho, suplica para que Alceu a acompanhe, e como essa era mesmo a intenção de Alceu, o jovem cai fulminado sobre o túmulo de Sidéria.
Entre os camponeses cria-se uma lenda de que, no local de sepultamento de
Sidéria, nasceu sozinha a roseira florida que cobre o túmulo.
As
canções desta última parte referem-se à tristeza pela morte de ambos os jovens,
a tristeza do amor perdido de Thylde, um hino entoado pelos anjos, um dueto
entre Alceu e Thylde recordando o passado, um coro infernal zombando de Juvenal
e um solo orquestral na última cena, quando bate meia-noite e Alceu morre.
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