AUGUSTO STRESSER

AUGUSTO STRESSER

ÓPERA SIDÉRIA


A ópera SIDÉRIA fez estreia em 03 de maio de 1912, no Teatro Guayra (prédio antigo, hoje Biblioteca Pública do Paraná), na cidade de Curitiba/PR.

Obra de Augusto Stresser, foi originariamente escrita em 1909 em dois atos, em partitura para piano e vozes. Posteriormente, recebeu acréscimo de um terceiro ato e orquestração de Léo Kessler, adquirindo a forma final como foi apresentada a partir de 1912.

A ópera tem como pano de fundo a Revolução Federalista, que as cidades de Curitiba e Lapa haviam vivenciado poucos anos antes, com dramaticidade, no confronto conhecido como Cerco da Lapa. Por sua vez, o libreto conta a história de um amor romântico e trágico, no triângulo amoroso entre a jovem Sidéria, o idealista Alceu e o apaixonado Juvenal.

SIDÉRIA, ALCEU E JUVENAL - uma história de amor, ciúmes e traição




"Sidéria" é uma ópera do gênero “tragédia”, em três atos.

Conta uma história de amor que se desenvolve sob o pano de fundo o conflito da Revolução Federalista, no episódio do Cerco da Lapa.





Em 1909, AUGUSTO STRESSER compôs sua primeira versão da OPERA SIDÉRIA, em dois atos, para solistas, coro e piano. 
 
  • O original desta obra, escrito a bico de pena, está arquivado no MIS - Museu da Imagem e do Som de Curitiba. Este original é a base deste projeto: os concertos realizados em conjunto com a pesquisa deste blog, apresentará em forma de "ópera ilustrada" o que foi esta primeira concepção da obra.
 
Posteriormente, Augusto Stresser apresentou seus originais ao maestro Kesller, que entusiasmado se propôs a orquestrar o trabalho. Só então foi composto o TERCEIRO ATO, que só se conhece na versão orquestral.
 
A ópera foi apresentada em Curitiba/PR em 1912, nos palcos do (antigo) Teatro Guayra. Porém, apesar do retumbante sucesso, a ópera só seria reencenada na cidade em 1972, no grande auditório do Teatro Guaíra, na construção "nova" que permanece até hoje.
 
Conta a história, que:



I Ato

O primeiro ato desta ópera transcorre na casa de Sidéria, 
jovem ingênua e singela de 15 anos que mora com o pai, Paulo, em um vilarejo de camponeses. 
Sidéria apaixona-se por Alceu, um jovem que é perseguido por seus ideais políticos e que em fuga, chega ao vilarejo e é acolhido por Paulo. 
Porém, Sidéria era desejada por Juvenal, mas esse amor não é correspondido.   
é esta paixão o estopim da traição de Juvenal, que magoado atraiçoa a confiança de Paulo e Sidéria, delatando para as autoridades o paradeiro de Alceu. 

Neste ato é apresentado canções de camponeses "na lida", canções que exaltam a primavera e que festejam o aniversário de Sidéria. Em dueto, Sidéria e Juvenal, cantam o nascer de um amor e em coro os camponeses manifestam sua tristeza pelo ato traidor de Juvenal.


 II Ato

O segundo ato desenvolve-se na praça, próximo ao acampamento federalista, onde se passa toda a movimentação militar do vilarejo, e onde Alceu esta preso. 
Neste ato, uma nova personagem entra em ação: Thylde, noiva de Alceu e que esta a procura do amado. 
Sidéria e Thylde tornam-se amigas e, num primeiro momento, a noiva não desconfia da paixão de Sidéria por Alceu. 

Na iminente execução de Alceu, Thylde empenha-se em salvar o noivo, e assim o faz, mas reencontra um Alceu já totalmente dominada pela paixão por Sidéria.
Doutro lado, Juvenal tenta reverter à indiferença de Sidéria pelo seu amor. 
Rejeitado na nova negativa, comete ato insano e mata Sidéria a punhaladas, para logo em seguida suicidar-se. 


As canções do segundo ato se concentram no sofrimento da prisão e na tragédia de Sidéria, bem como no desencanto do amor tanto de Thylde como de Juvenal. 
Algumas canções representam o sarcasmo e zombaria por parte dos soldados com o preso e o vilarejo.



 III Ato

O terceiro e último ato transcorre no túmulo de Sidéria. 
Ali ocorre a aflição do pai e o desespero do amado Alceu que é confortado pela ex-noiva. 

Alceu tem acessos de alucinação quando a jovem morta aparece para ele, em sonho, na forma de sombra e cercada de anjos. Sidéria, no sonho, suplica para que Alceu a acompanhe, e como essa era mesmo a intenção de Alceu, o jovem cai fulminado sobre o túmulo de Sidéria. 

Entre os camponeses cria-se uma lenda de que, no local de sepultamento de Sidéria, nasceu sozinha a roseira florida que cobre o túmulo. 

As canções desta última parte referem-se à tristeza pela morte de ambos os jovens, a tristeza do amor perdido de Thylde, um hino entoado pelos anjos, um dueto entre Alceu e Thylde recordando o passado, um coro infernal zombando de Juvenal e um solo orquestral na última cena, quando bate meia-noite e Alceu morre.

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